O regresso do futebol de Paulo Bento
Ontem, no empate em casa com o líder Porto, voltámos a ver um Sporting que foi imagem de marca do reinado de Paulo Bento.
Equipa montada num confuso 4-4-2, com os obrigatórios dois avançados da era anterior, com o meio-campo de distribuição algo confusa, com quatros médios centro, sem alas.
Inexistente capacidade de criação de jogo ofensivo em apoio. A opção, por incapacidade ou não, foi outra. Transições rapidíssimas, jogo directo, jogo de luta.
Não é este o modelo de jogo de uma equipa grande, nem deveria nunca ser este o modelo de jogo do Sporting. Não o é nas camadas jovens, quase nunca o é nas equipas grandes e vencedoras.
A forma de jogar foi o de uma equipa pequena, ao passo que o modelo de jogo do nosso adversário de ontem foi o oposto.
Por outro lado, a atitude da equipa foi enorme, disputando cada lance como se fosse o último. Atitude guerreira, fundamental para termos conseguido não deixar o adversário construir. Igualmente voltou o jogo directo, de Polga para Liedson. Liedson que esteve em bom nível, com este estilo de jogo.
Foi esta, durante quatro anos, a imagem de marca do futebol do Sporting. Na minha opinião, com resultados entre o fraco e o mediano, e com consequências desatrosas ao nível da desmobilização da massa adepta, da fraca evolução de vários jovens jogadores, da exigência dos Sportinguistas para com a sua equipa, e pior, para com o seu Clube.
Ontem perdemos dois pontos. Foi portanto um mau resultado. E é esta a mentalidade que qualquer Sportinguista, sócio, adepto, dirigente ou funcionário deve ter quando se fala do Sporting Clube de Portugal.
Em casa é para ganhar, sempre e seja com quem for.
Saudações Leoninas